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Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. amanhã nunca se sabe: setembro 2007

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Livros online

Depois das revistas, os livros!

O debate é velho. Livros na internet envolvem de direitos autorais à legitimidade da publicação - Machado de Assis cometeria mesmo um erro de crase?

Para mim - e imagino que para meio mundo - , o pior dos livros na internet, bem como qualquer texto na internet, é o fato de eles não serem paupáveis, não poderem receber post its, pontos de exclamação, dobras e afins. É verdade que cada vez mais a internet oferece recursos de comentários e grifos, mas não é a mesma coisa. O mundo virtual sugere, com o próprio nome, algo irreal, inexistente. E eu não quero ter a sensação de ler algo que não existe. É bastante subjetivo isso, mas eu fico com essa sensação lendo algo no computador. Este texto mesmo que escrevo pode sumir a qualquer momento, independente de minha vontade.

O que me levou a escrever esse post foi um artigo no site da revista Época - http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG79192-6006-488,00.html

Narizes de cera e enrolações à parte, é mesmo interessante como sites como o Domínio Público fornecem uma infinidade de conteúdo, mas um nada se comparado ao que existe no mundo. E essa seleção - necessária, diga-se de passagem - não é inteligente. Não são os grandes bons clássicos que encontramos, e sim os famosos, e talvez não tão bons.

Isso, de os conhecidos não serem os melhores, não é culpa da internet e nem começou com a internet. Mas a internet seria uma excelente forma de diluir isso. O problema é que, até agora, não vemos isso acontecer...

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

é só virar a página

vai lá, abre seu navegador. hmmmmmm, abriu? digita: www.magwerk.com.
agora você pode escolher quatro. quer uma dica? eu, sendo quem sou, entro na playmusicmagazine.com - é uma revista de música virtual. só que não se trata simplesmente de um site de música, ele foi todo desenhado em flash, e você de fato pode virar as páginas que, assim como uma revista de papel, estão divididos em editoriais (matérias mesmo) e publicidade. então você pode realmente virar as páginas da revista? é. com a diferença que uma propaganda da coca-cola, a patrocinadora, além de imagem, alia som e movimento.
longe de ser um especialista em conteúdo ciber-digital, acredito que idéias como essa realmente conseguem ser um passo adiante na chamada web2.0 (que no final das contas é tudo como está, só um pouco mais clicável).
eu posso ler as matérias, clicar em pesquisas e propagandas mas também dar notas para os discos que estão resenhados. isso é interativo o bastante para aqueles leitores mordazes, ansiosos para dar uma opinião sobre o novo disco do dream (urgh) theatre? sim, pode ser.
é um começo interessante? claro, ainda mais quando se tem a coca-cola pagando as contas.

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Sobre Web 2.0 (o que os impressos falam, e muito!, por aí)

Interatividade na internet é um tema tão "quente" que ultrapassa os limites (quais seriam eles?) do mundo virtual. Muitas revistas impressas estão de olhos voltados para as novas possibilidades oferecidas pela Web 2.0.

Dois exemplos muito recentes são:

- Revista InfoExame de setembro desse ano. A matéria, escrita por Carlos Machado,intitula-se "As ameaças da web 2.0", e aborda quais "brechas para ataques de malware ultra-sofisticados" são apresentados. Na reportagem, uma definição de Marcelo Lombardo, diretor de tecnologia da NewAge Software, contribui muito para a percepção da dimensão das possibilidades dessa nova web: “A web era uma casa com uma porta e uma janela. A web 2.0 é a mesma casa, com várias portas e várias janelas e é preciso trancar todas”, diz ele.

- Revista Superinteressante de 1º de agosto desse ano. O título resume bem a matéria: "Bem-vindo à (sua) web 2.O - A cena atual da Internet é promissora porque o
grande astro é você". Além de fazer uma retrospectiva da trajetória da internet, a reportagem deixa claro que o futuro é incerto: "Daqui para a frente, o que vai acontecer, é um mistério ...", profetiza.

Para os jornalistas, a dimensão da influência das novas tecnologias no exercício da profissão ainda não pode ser perfeitamente medida, já que parece crescer a cada dia. O certo é que o leitor fará cada vez mais parte da produção de conteúdo, seja na web 2.0 ou até mesmo nos veículos impressos mais tradicionais.

Enquete

Você já pode dar a sua opinião sobre as novidades tecnológicas e com qual freqüência você acompanha as maiores inovações do mercado da internet neste site: http://www.enquetes.com.br/popenquete.asp?id=763849

terça-feira, 18 de setembro de 2007

A falta de inovação do Second Life


O Second Life causou euforia após ser anunciado como o futuro dos jogos interativos da internet moderna. Considerado ferramenta exemplo da nova tendência da Web, que prevê uma maior interatividade entre os usuários, transformando o internauta em membro atuante do que se produz no mundo das redes, o jogo chega a tentar imitar a vida real e, infelizmente, suprimi-la.

Exemplo disso pode ser conferido nos últimos acontecimentos do caso da garotinha Madeleine, supostamente seqüestrada enquanto os pais passavam uma tarde ensolarada em um resort de Portugal. Pistas anônimas alertaram para a presença de provas dentro do Second Life, e a polícia britânica, em conjunto com a portuguesa, tratou logo de postar fotos dentro do jogo para dar seqüência à investigação. Tudo, obviamente, não levou a lugar algum.

Quem já havia alertado para o possível fracasso desse novo jogo, em termos de utilidade, foi o filósofo Pierre Lévy. Segundo um dos maiores pesquisadores dos fenômenos da internet, a nova febre social não traz nenhuma novidade conceitual. Em sua essência, ele explora a interatividade de jogos on-line que já fazem tanto sucesso entre os internautas há algum tempo.

Apesar da falta de novidade, a imitação da vida real na internet começa a gerar um lucro importante para as grandes empresas que criaram um espaço no Second Life. De acordo com a Folha Online, a nova sensação já possui 9,5 milhões de usuários. Temendo o uso desenfreado da novidade, a IBM divulgou uma espécie de código de conduta para seus funcionários que trafegam pelo mundo virtual.

Links:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1408200711.htm
http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u315424.shtml