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Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. amanhã nunca se sabe: 2007

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Enquete sobre debate com Youtube



Você concorda com a iniciativa da CNN em realizar um debate com vídeos do Youtube?

Concordo, é uma iniciativa pioneira

Indiferente

Não concordo, é uma iniciativa boba

Não concordo, debates políticos deveriam ser levados mais a sério

Desconheço o assunto












terça-feira, 6 de novembro de 2007

meu deus: o Youtube dominou o mundo

Aí a internet! Dessa vez, diferentemente da outra, eu realmente fiquei assustado. Imaginem isso: o primeiro debate entre políticos realizado, mesmo, pelos futuros eleitores. A rede televisiva CNN, que em seu site já demonstrou estar um passo à frente com a seção “mande seu vídeo jornalístico”, realizou o primeiro debate entre políticos utilizando o site de vídeos Youtube.

A idéia é assim: o internauta registra um vídeo pelo Youtube com uma pergunta sobre um tema qualquer e manda-o para o programa Democratic Debates. No ar, a equipe seleciona as perguntas mais relevantes, mostram o vídeo e fazem os que pleiteiam a vaga no partido Democrata para concorrer à Presidência dos Estados Unidos.

Incrível! pensei. Essa idéia é fenomenal e nunca havia passado pela minha cabeça esse nível de interatividade. Percebi, com peso na consciência, que a CNN é um veículo televisivo avançado nas idéias, indeciso politicamente e completamente americanóide. Mesmo assim, louvo a iniciativa e deixo claro o meu pedido: vocês precisam ver isso!!!



O link (não seja preguiçoso!) revela o primeiro da série inovadora da rede CNN

http://www.youtube.com/watch?v=4FswauQk_po

sábado, 3 de novembro de 2007

turismo virtual?

Ái (influência de João Guimarães Rosa) essa internet. Depois de uma semana assustadora com correrias no trabalho, trabalhos da faculdade para entregar, recebo na sexta-feira de Finados um link no e-mail que me deixou intrigado: o site do cemitério francês Pere-Lachaise, um dos grandes chamativos turísticos de Paris e “lar” de vários famosos finados.

Pelo site, com a ajuda de um “mapa” do cemitério, você pode visitar todos os túmulos dos notáveis, inclusive com uma rotação por volta de 180° para visualizar melhor os arredores e uma galeria de fotos, com retratos de diferentes ângulos. Fiquei com isso na cabeça. Depois de passar pelo mausoléu do escritor polêmico Oscar Wilde, autor de, entre outros, O Retrato de Dorian Gray, e alguns outros notáveis cheguei a um pensamento que me assustou ainda mais que as provas: pode a internet representar o fim do turismo?

Pula um dali, aparece outro daqui e surge cada vez mais sites que fornecem informações detalhadas (até demais) sobre pontos turísticos de diversos lugares. Sobre este cemitério, no entanto, posso concluir: qual a sensação de sentir-se perto de um túmulo famoso vendo-o pela tela de um computador? Cemitérios, para alguns é claro, traz uma sensação dúbia de prazer e calafrio, outros encaram como uma morada artística, na qual é possível projetar um “lar” totalmente pessoal (alguém duvida?). Eu, felizmente, enquadro-me naqueles que apreciam um jardim bem cuidado, bustos interessantes e principalmente dedicatórias.

Observe esta e diga o que acha:





Obs: sim, são beijos suculentos de “amantes” do escritor Oscar Wilde.
p.s.: só não sei se ele gostaria de receber tal dedicatória de mulheres!

Confira o link: http://www.pere-lachaise.com/

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

uma viagem possível

Este post pode parecer um pouco viajado, e quase fora da proposta editorial de falar sobre comunicação... Mas arrisco dizer que, ao final, será possível estabelecer uma clara ligação entre as novas tecnologias no jornalismo e uma nova maneira de se produzir arte.

Assisti o espetáculo Les Éphémères, da companhia francesa Théâtre du Soleil. Para um breve resumo do grupo, é importante dizer que eles fazem um trabalho constante há 43 anos, dirigidos por uma mulher maravilhosa, Ariane Mnouchkine. Uma brasileira, Juliana Carneiro da Cunha, compõe o elenco. A escola dramática deles é o realismo. De maneira beeeem simplória, eles fazem teatro como se a cena de fato estivesse acontecendo na vida, de modo naturalista.

É a primeira vez que o Soleil vem ao Brasil. Neste espetáculo, a duração surpreende: são mais de SETE HORAS de cenas belíssimas, voltadas à temática dos "momentos salvadores". São cenas do cotidiano, aparentemente banais, mas que guardam um sopro de vida genuína (com o perdão do excesso piegas).

Historicamente, o grupo sempre montou peças grandiosas, epopéias, tragédias nacionais e internacionais. Dessa vez, porém, eles se voltaram para o pequeno, o íntimo. Acredito eu (e aqui começa a minha viagem), que essa temática representa uma mudança de paradigma que estamos vivendo.

Globalização e digitalização são fenômenos que rompem barreiras. E a arte acompanha esses movimentos. Não importa mais a língua em que se fala (tudo em Os Efêmeros é dito em francês), o país em que se vive... Estamos todos ligados e, paradoxalmente, muito distantes. E é nesse momento que as pessoas se descobrem humanas.

(Pseudo)filosofia demais... Paro por aqui.

Mas, convenhamos, um pouco de arte só pode fazer bem àqueles que lidam com a palavra e a comunicação humana.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Até parece fácil....

O G1, um portaL de notícia muito consultado ultimamente, publicou a materia "Veja como o G1 produz seus infográficos". Para o público leigo talvez o assunto não seja dos mais interessantes. Para jornalistas em formação, como nós, porém, é muito interessante saber como é o caminho para a criação das animações.

Saber que tudo começa com uma boa idéia, rascunhada em um papel qualquer é, de certa forma, tarnquilizador. Não é preciso ser designer ou ter habilidades manuais para sugerir um bom infográfico. Basta que o jornalista consiga relacionar dados e projetar um jeito inteligente e lúdico de apresentar a informação ao leitor.

Todo o processo técnico da criação soa um pouco grego para nós. Como um produto editorial é sempre feito em equipe, porém, sempre há o consolo que o "pessoal da arte" saberá concretizar nossas idéias. POr outro lado, a perspectiva futura bem próxima de que o jornalista terá de saber pensar e concretizar tudo para manter seu emprego, deixa qualquer estudante de cabelo em pé.

Ainda que restem dúvidas sobre como pensar um conteúdo para web, exemplos como os do G1 são muito enriquecedores. Quando vemos os infográficos prontos, até parece que eles foram fáceis de fazer. Mas, na verdade, descobrimos que SÓ parece mesmo....

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Livros online

Depois das revistas, os livros!

O debate é velho. Livros na internet envolvem de direitos autorais à legitimidade da publicação - Machado de Assis cometeria mesmo um erro de crase?

Para mim - e imagino que para meio mundo - , o pior dos livros na internet, bem como qualquer texto na internet, é o fato de eles não serem paupáveis, não poderem receber post its, pontos de exclamação, dobras e afins. É verdade que cada vez mais a internet oferece recursos de comentários e grifos, mas não é a mesma coisa. O mundo virtual sugere, com o próprio nome, algo irreal, inexistente. E eu não quero ter a sensação de ler algo que não existe. É bastante subjetivo isso, mas eu fico com essa sensação lendo algo no computador. Este texto mesmo que escrevo pode sumir a qualquer momento, independente de minha vontade.

O que me levou a escrever esse post foi um artigo no site da revista Época - http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG79192-6006-488,00.html

Narizes de cera e enrolações à parte, é mesmo interessante como sites como o Domínio Público fornecem uma infinidade de conteúdo, mas um nada se comparado ao que existe no mundo. E essa seleção - necessária, diga-se de passagem - não é inteligente. Não são os grandes bons clássicos que encontramos, e sim os famosos, e talvez não tão bons.

Isso, de os conhecidos não serem os melhores, não é culpa da internet e nem começou com a internet. Mas a internet seria uma excelente forma de diluir isso. O problema é que, até agora, não vemos isso acontecer...

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

é só virar a página

vai lá, abre seu navegador. hmmmmmm, abriu? digita: www.magwerk.com.
agora você pode escolher quatro. quer uma dica? eu, sendo quem sou, entro na playmusicmagazine.com - é uma revista de música virtual. só que não se trata simplesmente de um site de música, ele foi todo desenhado em flash, e você de fato pode virar as páginas que, assim como uma revista de papel, estão divididos em editoriais (matérias mesmo) e publicidade. então você pode realmente virar as páginas da revista? é. com a diferença que uma propaganda da coca-cola, a patrocinadora, além de imagem, alia som e movimento.
longe de ser um especialista em conteúdo ciber-digital, acredito que idéias como essa realmente conseguem ser um passo adiante na chamada web2.0 (que no final das contas é tudo como está, só um pouco mais clicável).
eu posso ler as matérias, clicar em pesquisas e propagandas mas também dar notas para os discos que estão resenhados. isso é interativo o bastante para aqueles leitores mordazes, ansiosos para dar uma opinião sobre o novo disco do dream (urgh) theatre? sim, pode ser.
é um começo interessante? claro, ainda mais quando se tem a coca-cola pagando as contas.

devidamente registrado

Agora você pode acompanhar nosso blog no Technorati

Technorati Profile

Sobre Web 2.0 (o que os impressos falam, e muito!, por aí)

Interatividade na internet é um tema tão "quente" que ultrapassa os limites (quais seriam eles?) do mundo virtual. Muitas revistas impressas estão de olhos voltados para as novas possibilidades oferecidas pela Web 2.0.

Dois exemplos muito recentes são:

- Revista InfoExame de setembro desse ano. A matéria, escrita por Carlos Machado,intitula-se "As ameaças da web 2.0", e aborda quais "brechas para ataques de malware ultra-sofisticados" são apresentados. Na reportagem, uma definição de Marcelo Lombardo, diretor de tecnologia da NewAge Software, contribui muito para a percepção da dimensão das possibilidades dessa nova web: “A web era uma casa com uma porta e uma janela. A web 2.0 é a mesma casa, com várias portas e várias janelas e é preciso trancar todas”, diz ele.

- Revista Superinteressante de 1º de agosto desse ano. O título resume bem a matéria: "Bem-vindo à (sua) web 2.O - A cena atual da Internet é promissora porque o
grande astro é você". Além de fazer uma retrospectiva da trajetória da internet, a reportagem deixa claro que o futuro é incerto: "Daqui para a frente, o que vai acontecer, é um mistério ...", profetiza.

Para os jornalistas, a dimensão da influência das novas tecnologias no exercício da profissão ainda não pode ser perfeitamente medida, já que parece crescer a cada dia. O certo é que o leitor fará cada vez mais parte da produção de conteúdo, seja na web 2.0 ou até mesmo nos veículos impressos mais tradicionais.

Enquete

Você já pode dar a sua opinião sobre as novidades tecnológicas e com qual freqüência você acompanha as maiores inovações do mercado da internet neste site: http://www.enquetes.com.br/popenquete.asp?id=763849

terça-feira, 18 de setembro de 2007

A falta de inovação do Second Life


O Second Life causou euforia após ser anunciado como o futuro dos jogos interativos da internet moderna. Considerado ferramenta exemplo da nova tendência da Web, que prevê uma maior interatividade entre os usuários, transformando o internauta em membro atuante do que se produz no mundo das redes, o jogo chega a tentar imitar a vida real e, infelizmente, suprimi-la.

Exemplo disso pode ser conferido nos últimos acontecimentos do caso da garotinha Madeleine, supostamente seqüestrada enquanto os pais passavam uma tarde ensolarada em um resort de Portugal. Pistas anônimas alertaram para a presença de provas dentro do Second Life, e a polícia britânica, em conjunto com a portuguesa, tratou logo de postar fotos dentro do jogo para dar seqüência à investigação. Tudo, obviamente, não levou a lugar algum.

Quem já havia alertado para o possível fracasso desse novo jogo, em termos de utilidade, foi o filósofo Pierre Lévy. Segundo um dos maiores pesquisadores dos fenômenos da internet, a nova febre social não traz nenhuma novidade conceitual. Em sua essência, ele explora a interatividade de jogos on-line que já fazem tanto sucesso entre os internautas há algum tempo.

Apesar da falta de novidade, a imitação da vida real na internet começa a gerar um lucro importante para as grandes empresas que criaram um espaço no Second Life. De acordo com a Folha Online, a nova sensação já possui 9,5 milhões de usuários. Temendo o uso desenfreado da novidade, a IBM divulgou uma espécie de código de conduta para seus funcionários que trafegam pelo mundo virtual.

Links:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1408200711.htm
http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u315424.shtml

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Ônibus 174 no aperto


Na quinta-feira da semana passada, dia 9 de agosto, nossos professores do dia, e outro de sexta-feira, tiveram a feliz idéia de passar um filme documentário, e a não tão feliz idéia de juntar as duas salas no pequeno estúdio. Mas isso não vem ao caso.

O que vem ao caso é que às 8 da manhã, numa sala apertada e escura, o filme "Ônibus 174", o tal, foi capaz de manter muitos de nós, jovens de 20 e pouco, acordados, atentos e interessados.
Mas cabe haver uma desconfiança quanto ao motivo de estarmos tão interessados: o filme ou o tema?

Em 2000, quando se passa a história contada no filme (o seqüestro do ônibus 174, no Rio de Janeiro - para quem não abriu o link...) ficamos com os olhos fixos na televisão do mesmo jeito que estivemos na quinta-feira. Gostamos de ver tragédia, e isso o próprio filme retrata muito bem quando, por exemplo, mostra a quantidade de gente ao redor do ônibus só pra ver o que tinha acontecido, ou, pior, a quantidade de jornalistas no local, que, não atendendo às orientações dos policiais, mais atrapalhou do que ajudou.

Nesse ponto aparece um debate interessante. Uma aluna ficou revoltada com os jornalistas, que deveriam ter saído do local quando os policiais pediram. E ela mesma apontou, conforme já foi dito, que isso acontece pois infelizmente gostamos de ver tragédias.
Vamos por outro caminho de resposta: Alguém já pensou o que teria acontecido se nenhum jornal publicasse a notícia? Ou mesmo se publicasse, mas fosse impedido de divlgar o passo-a-passo da polícia, imagens, filmes? Se isso acontecesse, em minutos já haveria protestos da população contra a censura. A oposição diria que isso é uma forma de o então presidente FHC esconder que existe violência no país, etc, etc.

O debate é complicado. Ninguém discute que a população (nós) gosta de ver tragédia. E também ninguém discute que algumas imagens de tragédias não deveriam ser divulgadas, por uma simples questão de respeito aos envolvidos e seus familiares. Mas é ingênuo demais acreditar que os brasileiros não se importarão se lerem em algum jornal "por motivos éticos, não estamos divulgando imagem", ainda mais em um país tão cheio de cartas na manga, no mau sentido, quanto o nosso.

Voltando à primeira questão, o filme acertou no tema, sim, mas fez juz a ele. Boas imagens, muitos muito bons depoimentos e simples, mas não boba, apresentação de fatos.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Conclusão (dos 4 últimos posts)

A conclusão que podemos tirar dessas diferentes formas de noticiar o fato é que conforme o cliente, muda a forma da notícia e, quiçá, a notícia em si. Como diria Weber, a realidade é inatingível, diferente das balas de revólver.

Como Ramón Salaverría defende em seu texto “Los cibermedios ante las catástrofes: del 11s al 11m”, os jornalistas funcionam muito melhor sobre pressão, e adoram um acontecimento polêmico e com grandes repercussões. A quantidade de matérias publicadas nos diversos veículas de mídia digital confirma esse fato, e vai além: a vontade de escrever sobre o tema foi tanta, que muitas matérias se repetiram.

Outras tantas teses do autor se confirmaram: a internet está apta a registrar acontecimentos bombásticos em um curtíssimo tempo, sem prejuízo da qualidade da conexão dos servidores. Como em 11s e 11m, as notícias apareceram primeiro nos veículos digitais para só depois ganharem espaço nos impressos.

Os veículos brasileiros tiveram a missão de contextualizar para seus leitores os fatos ocorridos em outro país. Já os veículos americanos teveram um maior envolvimento emocional, ampliado pelo debate sobre violência nas Universidades que há muito tempo atormenta o país.

Mais é menos - G1

Cobertura do massacre na Virnia Tech feita pelo portal de notícias G1.

O massacre ocorreu no dia 17 de abril, uma terça-feira. No mesmo dia, às 7h52m, o G1 já registrava uma matéria da agência de informação AFP. No momento, ninguém ainda sabia as causas do ataque. Ainda se especulava se havia apenas um autor dos tiroteios. A jornalista Jocelyne Zablit, autora da matéria, fez questão ainda de dizer que a relação entre os dois ataques – um ocorreu duas horas depois do outro – ainda tinha que ser confirmada pela polícia.
É interessante registrar que hoje lemos no site a seguinte manchete de matéria escrita pelo G1 no dia 16, um dia antes da tragédia: “Pior tiroteio em universidades dos EUA deixa 33 mortos - Atentado ocorreu no campus da Universidade Técnica da Virgínia, em Blacksburg.” Interessante como o G1 foi tão rápido que registrou os ataques antes mesmo que eles ocorressem!
Apesar de não possuir infográficos, vídeos ou mesmo fotos, a matéria já lembrava os ataques de Columbine, no Colorado, 1999, fazia uma brevíssima descrição da Universidade da Virginia, e continha informações fornecidas por estudantes da universidade.

Hoje, já é incontável a quantidade de matéria sobre os ataques publicadas no G1. Um quadro interativo apresenta um breve histórico de cada vítima do ataque. O site proporcionou também que seus leitores conversassem ao vivo com brasileiros que estudam na Universidade. Esse chats ainda estão disponíveis em áudio e em texto. Um infográfico “Entenda como aconteceu o massacre na Universidade Técnica da Virgínia” mostra passo a passo dos ataques.

Até matéria com depoimentos do governo iraquiano e do Papa foram ao ar. O professor que foi morto enquanto bloqueava a porta para tentar salvar seus alunos recebeu uma matéria só dele, com informações sobre sua vida na Romênia, sobre sua família, sua religião, e suas dificuldades durante a 2ª Guerra Mundial.

O G1 ainda registra comentários de leitores, enquetes sobre a violência nos Estados Unidos, a polêmica sobre a legalização de posse de armas, uma biografia de Cho Seung-hui, os vídeos que ele enviou à rede de televisão NBC e comentários de especialistas sobre o que pode ter levado o sul coreano a realizar os ataques.

O sentimentalismo da CNN


O tiroteio na universidade Virginia Tech, em 16 de abril de 2007, repercutiu mundialmente, porém de maneiras diferenciadas. No Brasil, como os veículos dependiam somente dos órgãos de imprensa norte-americanos, o noticiário foi atualizado lentamente e de maneira desordenada. Já na CNN, o massacre conduzido por Cho Seung-Hui ganhou destaque primeiramente na rede televisa; depois, o site passou a repercutir os boletins especiais dado pelos repórteres no ar.

Após interromper a ordem do dia na rede televisiva, o site da CNN passou a dar enfoque especial para o acontecimento, criando uma página específica para a cobertura. Isso permitiu uma interatividade grande entre os leitores. Fato curioso é a sessão I-Report, que permitia a exposição de testemunhas oculares se pronunciarem sobre o acontecimento através de mensagens de celular, vídeos amadores e outros.


Com o esfriamento do caso, o site de uma das principais cadeias de notícia dos EUA passou a dar destaque para fotos do atentado, vídeos mandado pelo próprio atirador à rede NBC (fato que, isoladamente, seria interessante de analisar como ele já previa uma cobertura maciça). A CNN também optou por criar, de forma sentimentalista, uma página dedicada a recontar a história do massacre em Virginia Tech.

BBC

Há muitas maneiras de se noticiar um fato. Poderíamos até discutir de antemão o quanto a cultura local ou os "costumes jornalísitcos" locais podem influir, mas a verdade é que existe muita diferença entre um veículo e outro. Enquanto alguns transformam uma notícia grande e triste em uma novela mórbida e sentimentalóide - eles noticiam SIM, mas fazem propositalmente um jogo tocante que sem dúvida altera a percepção de quem lê ouve ou assiste - outros adotam uma postura mais "fria", algo que pode fazer com que o leitor (vamos chamá-lo assim) tenha mais independência... receptiva.

Um exemplo bastante relevante é o ataque de 16 de abril de 2007 à Universidade de Tecnologia de Virginia, EUA.

O site da BBC adotou uma postura bastante eficiente, no sentido de que disponibilizou no site vídeos (inclusive trechos do vídeo que o estudante mandou a uma emissora) e análises de especialistas sobre a chacina. Houve uma cobertura extensa e bastante detalhada - mas parou por aí. Não foi criado nenhum hotsite nem um especial em memória das vítimas. Essa postura talvez tenha sido adotada pelo caráter "universalizador" do site da British Broadcast Corporation já que existe um menu ao lado das notícias em que pode-se escolher o continente. A partir daí há uma quantidade de assuntos a selecionar.

O site se faz eficiente e faz questão de provar que notícia é apenas notícia - o tempo passa e elas também.

Abordagem diversificada na Folha Online


(Tópicos relevantes da cobertura em mídia digital da Folha Online. A análise está em itálico, abaixo de cada tópico.)

Enquete: "Massacre na VirgíniaA Universidade Técnica da Virgínia foi cenário nesta segunda-feira do pior ataque a tiros da história dos Estados Unidos. Na sua opinião, o que deve ser feito para prevenir que atos de violência voltem a ocorrer dentro de universidades americanas?
- Criar grupos de apoio psicológico para estudantes
- Revistar bolsas e mochilas nas entradas dos prédios universitários
- Instalar detectores de metal em todos os prédios universitários
- Aumentar o policiamento e instalar câmeras dentro dos campi
- Restringir a venda de armas de fogo nos Estados Unidos"

A interatividade, possibilidade ímpar da mídia digital, foi bem aproveitada na cobertura da Folha Online dos ataques a Universidade da Virgínia. Foi realizada uma enquete que convidava o internauta a eleger qual seria uma solução possível para os recorrentes casos de violência em universidades americanas. As respostas possíveis são diversificadas e os resultados ficam disponíveis para acesso.

Seções:
Brasileiros
Cronologia dos ataques
Dê sua opinião
Galeria de imagens
Mapa da universidade
Opinião
Perfil do atirador
Saiba mais sobre a universidade
Saiba mais sobre armas nos EUA
Sites relacionados
Vítimas

As possibilidades de abordagem oferecidas pela mídia digital refletem-se na diversidade de abordagens que a Folha Online deu para o caso. Após a cobertura extritamente noticiosa, as primeiras chamadas que informavam o número de vítimas e a possível identidade do atirador, o site foi mais fundo. A relação de brasileiros com o ataque é um viés relevante, já que tem uma proximidade simbólica com os leitores do Folha Online. Foi aberto espaço para a opinião do público, em sua maioria indignado com o acontecimento. Criaram-se links para a cobertura de outros sites. Para discutir a questão de maneira profunda, a Folha deu um panorama sobre as armas nos EUA e sobre a própria Universidade de Virgínia.

Imagens e infográficos:
Galeria Foto 3 - Cho Seung-hui, o atirador da Virginia Tech, aponta a arma para sua cabeça. (Mais recente).
Galeria Foto 2 - Alunos reunidos no Memorial da Guerra da Virgínia Tech, nos Estados Unidos, fazem vigília por mortos e feridos no massacre.
Galeria Foto 1 - Feridos são socorridos em campus na Virgínia após homem armado matar dezenas de pessoas. (Mais antigo).

A cobertura fotojornalística começou quando a polícia encontrou os corpos dos estudantes. Nas primeiras fotos, o enfoque foi nas vítimas. Depois da grande repercussão do caso, a Folha Online continuou a publicar imagens sobre o caso. Os alunos da Universidade que choraram a morte dos colegas foi o segundo enfoque das imagens. Por fim, depois de descobertos todos os vídeos e fotos que o atirador mandou para a imprensa americana, todos os sites repercutiram esse fato. Além das fotos, foi essencial para a cobertura da Folha Online a publicação de um infográfico com um mapa da universidade e os horários dos ataques. A distância entre os prédios da universidade e o tempo que passou entre os tiros no dormitório e os do prédio de engenharia eram informações essenciais para entender o trabalho da polícia e o próprio preparo americano para enfrentar esse tipo de situação limite.

Tempo: "Segunda-feira (16 de abril) - Às 7h15 locais (8h15 de Brasília), a polícia recebe um telefonema de alguém que ouvira tiros num dormitório do campus do Instituto Politécnico da Virgínia (Virginia Tech). Ao chegar no local, a polícia encontra duas pessoas mortas. Duas horas depois, enquanto a polícia ainda investigava o primeiro ataque, um segundo tiroteio começa no prédio da escola de engenharia, no outro lado da universidade. Desta vez, ao chegar ao local, a polícia se depara com uma tragédia: 31 corpos, entre eles o do atirador, que desferiu um tiro contra seu próprio rosto, deixando-o desfigurado."

Como em 11m e 11s, o ataque ocorreu em um espaço de tempo no breve, algo em torno de três horas. Discutiu-se depois que o segundo lance de tiros, que matou muito mais alunos, poderia ter sido evitado. Para a cobertura jornalística, porém, o tempo que se passou desde a notícia do ataque até seu desfecho é considerado curto. Os jornais impressos não tinham condições de fornecer informações sobre o acontecimento. No caso da Folha, a versão Online antecipou a cobertura que a Folha impressa faria no dia seguinte. A mídia digital foi a maior fonte de informação nesse caso.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Nunca se sabe o dia de amanhã. Comecei escrevendo sem pensar nesse nome simbólico deste diário moderno. Muito menos do que poderia eu, que me julgo despreocupado com as próximas horas, relatar sobre tal pensamento. Cada hipocrisia. Não se importar com a necessidade de realizar algo nos momentos mais pertos de nosso dedo é definhar.



Consumir-se. Necessariamente de maneira retrospectiva eu sou contra. Avanço minha cabeça, estranho não o ter feito antes de publicar uma matéria. Acho-me estranho a mim mesmo. Por isso que me lembro de uma experiência sonora expemplificadora do momento.



Disco Aqualung, da uma banda chamada Jethro Tull, lançado em 1971.





Ele não sabe como se tornou assim: esnobe de sua pobreza, feliz de sua miséria, contente em sua perversidade. Contraditório ao ser criado. Senti-me um pouco Aqualung quando pensei no que escrever sobre o dia do amanhã. Para a personagem, já que não existe Deus, forma bela de se arranjar o futuro, tudo pode acontecer. Mas, sem filosofias baratas, gosto do som e das letras que me fazem sentir tal como uma escultura inacabada: será conduzida à prosperidade com uma martelada majestosa do cinzel.

Formador de opinião

Apesar de ter vencido o Big Brother Brasil, a sorte de Diego Alemão não se repete quando o assunto é futebol. O ex-BBB foi ao Maracanã ver Flamengo e Vasco e o gol mil de Romário não saiu. E neste sábado o milionário viu o São Paulo ser eliminado no Campeonato Paulista pelo São Caetano, com uma goleada de 4 a 1.

As recordações de antes da fama também não são das melhores. - Já tomei tiro da polícia, sabe aquelas borrachadas? E meu amigo uma vez foi derrubado por um cavalo. Passei muito sufoco como torcedor. E neste jogo contra o São Caetano eu fui recebido com um abraço pelo policial. Irônico, né? - conta o ex-BBB.

Alemão ficou bastante decepcionado com a derrota do São Paulo.- Fui ao jogo do São Paulo como convidado da diretoria. Apesar do resultado, adorei conhecer os jogadores. Fui bem tratado por todo mundo. Conheci o Josué, o Souza, o Aloísio, e o Rogério Ceni. Fiquei triste que o São Paulo perdeu, mas futebol é assim mesmo, né? - lamenta Alemão, que ganhou uma camisa oficial do diretor de marketing do Tricolor, Júlio Casares.



E por aí discorre o novo criador de opiniões do Brasil. Foi oficializada na imprensa brasileira, principalmente de acordo com as mais suscetíveis ao popular, a opinião do nosso querido Diego Alemão, vencedor do famigerado Big Brother Brasil. Desde sua conquista, assim como qualquer time de futebol que levanta uma taça importante, ele ficou badalado: qualquer palavra é uma verdade, assim como um time campeão precisa entrar para ganhar.

O caso do time pode ser explicado pelo São Paulo. Time Campeão Brasileiro de 2006, neste ano o que aconteceu? Foi eliminado pelo São Caetano no Paulistão e não vai tão bem na Copa Libertadores. O que está sendo criticado? Não é a forma como o Tricolor perde, mas sim porque ele perde. Com Diego é a mesma coisa. Sua opinião não é questionada, o porque ele abre sua boca já é sabido. Seu nome traz Ibope.

Essa não é a única matéria do Globo Esporte que contou com a presença do ilustre herói brasileiro, que, incrivelmente, passou dos 15 minutos. Está durando e isso preocupa. Desde já declaro que sua personagem no BBB foi excelente, merecedora do prêmio; porém, ligar seu nome ao do povo do Brasil é perigoso. O medo que me aflige é este: aquele loiro, de cabelos arrepiados, é alemão e não tunipiniquim. Não há nada que nele se assemelhe à população do nosso país.

Por que esse estrangeiro em idéias, em situações e em pensamento caiu na nossa (sua ou deles) graça?

A história de 4 pré-jornalistas que tinham duas lições de casa

(ou: Filmar, editar, reportar)

Era uma bela tarde de quinta-feira, véspera de feriado. Os quatro amigos bem queriam se mandar para a praia/sítio/bosque/terranatal/casassimplesmente, mas não podiam.

Como dedicados estudantes de jornalismo, faltando menos de dois anos para se formarem, eles sabiam que era aquele o melhor horário para fazerem o trabalho de telejornalismo. E o trabalho tinha que ficar bom. Afinal, não se podia desperdiçar a oportunidade única: não é todo dia que adolescentes de 20 e poucos anos podem sair pela avenida paulista com um camera man profissional.

Então lá foram eles: uma produtora segurando metade das sacolas da repórter, procurando desesperada e simpaticamente -na medida em que é possível esses dois advérbios estarem juntos- por pessoas que quisessem dar seus depoimentos; um editor com a outra metade das sacolas da repórter, querendo a todo custo um-daqueles-fones-super-legais-que-o-outro-grupo-ta-usando e que filmassem-a-reporter-andando; um pauteiro ansioso para ver seus escritos pronunciados em frente a uma câmera, ao mesmo tempo em que ajudava a produtora na busca por entrevistados; e, finalmente, uma repórter estupidamente nervosa tentando decorar as 5 linhas de abertura e as duas perguntas da matéria sobre reality shows - "Por que você acha que as pessoas sentem tanta curiosidade em observar a vida dos outros?" "Você confia nos rrrrealhhlity shows?".

Até que foi mais rápido do que pensavam. Talvez a vontade louca por pegar a estrada o quanto antes tenha ajudado a jogar para segundo plano a vergonha de falar com pedestres desconhecidos. E talvez a felicidade de que no dia seguinte não trabalhariam tenha incentivado os pedestres desconhecidos a darem entrevistas para humildes estudantes. E talvez falar sobre big brother brasil em São Paulo seja algo bastante atraente. Bom, não importa! O ponto é que não tardou aos 4 amigos despedirem-se e ir cada um cuidar da própria vida. Mas isso só por uma semana e 4 dias...

Segunda-feira à noite. A Faculdade era um ambiente estranho para aqueles que estudam de manhã. E o estágio havia consumido toda a energia do editor e da repórter -e continuavam consumindo a da produtora e do pauteiro. Mas tinham que editar o material filmado na véspera do feriado. E tinha que ser JÁ, estava agendado havia semanas... Lá foram na salinha até então desconhecida, com um técnico/ajudante/editorprofissinal(?). Todas aquelas TVs, todos aqueles botões... É, editar não poderia ser tão chato. Um pouco trabalhoso, mas em duas horas estava tudo acabado. Deixas decupadas, ordem escolhida rigorosamente, fita etiquetada... casa!

Acabou? Só entregar? Que nada... Já ouviu falar em "interdisciplinaridade"?
O trabalho agora era de Novas Tecnologias. E está sendo, ainda não foi. É isto aqui. O blog. "Amanhã nunca se sabe". É essa a conclusão de nosso trabalho de reality show. Amanhã o trabalho pode ser melhor, amanhã pode dar erro, amanhã você vai querer se matar porque o trabalho ainda não acabou, amanhã até que você vai se empolgar com o trabalho. É... amanhã nunca se sabe.

sábado, 21 de abril de 2007

Voyeurismo

Voyeurismo
Datação1957
substantivo masculino

Acepções
1 Rubrica: psicopatologia.
desordem sexual que consiste na observação de uma pessoa no ato de se despir, nua ou realizando atos sexuais e que não se sabe observada; mixoscopia
2 Derivação: por extensão de sentido. forma de curiosidade mórbida com relação ao que é privativo, privado ou íntimo

Ex.: o v. invasor de alguns internautas

Etimologia
fr. voyeurisme (1957) 'id.'


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Considerando que são muitos os que justificam suas curiosidades "bobas" em observar a vida alheia como "voyeurismo", são muitos os que admitem possuir uma "desordem sexual".

Seria o mundo ocidental o mundo da Desordem Sexual???

O BBB 2007 fez um quadro especial chamado "BBB para maiores", emitido pela TV Globo de madrugada. Nesse quadro, eram exibidas cenas mais "quentes", desde nudez a sexo.
Foi, aliás, por causa desse quadro que a Globo atingiu recorde de audiência na madrugada do dia 23 de fevereiro.

Com base nisso, fica provado que centenas de brasileiros trocam programas jornalísticos e culturais, ou mesmo algumas preciosas horas de sono, para verem pessoas comuns brigando nuas. E não seria arriscado dizer que melhor ainda seria se essa briga fosse entre duas mulheres nuas, ou entre um casal que logo mais fará a paz em frente às mesmas câmeras.
É, de fato o brasileiro é um povo desorientado sexualmente.

Talvez a culpa seja do tabu que sempre foi na nossa sociedade se falar sobre sexo. Talvez a culpa seja das personas mal-resolvidas que são os indivíduos ocidentais.

A questão é: justificar o sucesso do Big Brother como voyeurismo pode ser mais ofensivo - ainda que provavelmente mais correto - do que afirmar que o "brasileiro é tudo burro", também uma resposta bastante ouvida durante o "Povo Fala - reality shows".

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Observatório da Imprensa

Não somos só nós que ficamos preocupados com as questões dos realyts shows.... Reinaldo César escreveu no site "Observatório da Imprensa", na seção TV em questão... Vale conferir...


BIG BROTHER Os porta-vozes da mediocridade
Por Reinaldo César em 10/4/2007
Após sucessivas semanas de um longo e extenuante processo do mega-julgamento composto por um júri popular que impressiona, 26 milhões de telespectadores encerraram a 7ª edição do Big Brother Brasil, na terça-feira (3/4), com o veredicto final (de quem?) favorável a Diego, o "Alemão".
Entre o êxtase e a loucura, o fato é que milhões de pessoas suspiraram com o fim de sua ansiedade e aflição, como que libertados de um cativeiro, pela vitória do escolhido. Os porta-vozes da mediocridade nos passaram a idéia de que vão sobreviver no pós-confinamento psicoemocional como (também) vencedores para, finalmente, se sentirem aliviados com o encerramento de um período que, virtualmente, os aprisionava.
Se há um argumento para a exaltação da mediocridade, isto é, para o enaltecimento da vulgaridade e da irrelevância de uma história artificialmente preparada, é que o significativo batalhão de votantes assim desejou se envolver e participar para ter parte na vitória, um mérito para qualificá-lo, a fim de igualar-se ao vencedor, afinal ninguém nesta vida quereria perder ou dar demonstrações de fracasso.
Esteiras do entorpecimento
Nesses tempos de Big Brother, em que milhões de pessoas são obrigadas a engolir uma programação qualquer, mesmo tendo à mão o controle remoto, já que a grande mídia não deixa de dar o recado sobre o assunto, a sociedade se vê a incorporar os sentimentos dos confinados, sentindo-se até um deles, e na obrigação de comentar e debater sobre quem deveria eliminar e quem deveria continuar na casa.
O canal do BBB tupiniquim faz novamente um arrastão e torna bem visível a mediocrização das pessoas, aprisionando-as em seus labirintos e alienando-as ainda mais na tentativa de fazer prevalecer suas iniciativas.
Não podemos descartar, no entanto, a validade do produto para sociólogos, psicólogos ou filósofos (e a quem possa interessar), que poderão fazer um estudo de caso ou uma releitura de processos como esse para o incremento da ciência. Todavia, as tolices e as paspalhices estão a raiar nos quintais do non sense.
Anestesiados, prostramos-nos diante de um "olho mágico" a insinuar o que devemos ser, ter e fazer para, assim, conduzir-nos nas esteiras do entorpecimento.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Sobre Vestidos de Noivas e BBBs

A novidade está nas bancas. Os BBBs vão casar, e as revistas de fofocas contam tudo sobre a cerimônia, os trajes que serão usados, os convidados. Os textos são mais ou menos assim...

Flávia Viana e Fernando Justin do BBB 7 já estão a mil com os preparativos para o casamento que deve sair em junho ou julho. O casal se conheceu na casa do BBB, e logo no início começaram a namorar. Agora, os ex-brothers mostram que o amor é pra valer, e até tatuaram as iniciais de seus nomes FF, Flávia na nuca e Fernando na marca da sunga. Sobre o casamento ele declarou: "Queremos muito que seja em junho ou julho, mas o tempo está muito corrido. Estamos até pensando em contratar alguém que ajude a gente (risos). Já posamos duas vezes como noivos para revistas e foi muito emocionante" .

Qual a relevância disso, nós pensamos, qual? É muita inutilidade. Mas vende, e vende bem. Prova de que existe muita gente interessada na intimidade da vida de pseudo-famosos. Mas, por quê? As pessoas da Avenida Paulista tentaram responder, muitas deram depoimentos pessoais de porque era interessante acompanhar os realitys shows. Curiosidade, entretenimento, falta do que fazer... muitos foram os motivos alegados.

Será que o público da internet pensa o mesmo? Por que você acha que os realitys shows fazem tanto sucesso? Você confia nos realitys shows?

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Patrine, estela patinante...ou algo assim.

antes de olharmos para as respostas curiosas das pessoas e perguntarmos o que cada um vê e acredita em um reality show, gostaria de pedir pra que você, afável leitor, olhasse pra dentro do seu cartãozinho de memória, aquele, dentro da sua cabeça e relembrasse comigo as aventuras da Patrine.
Era uma espécie de mini-Zorro-mirim-feminina. Um seriado japonês que passava na saudosa Manchete. Pouca gente se lembra e, se você lembrar, pode entrar no meu clubinho.

A PERFÍDIA DO TALVEZ

a postagem não tem nada a ver com o título não, só achei bonito pra inaugurar depois de uma semana de correrias sufocadas.
saímos com tirone para gravar. as pessoas não acreditam que o BBB é honesto. a maioria acha que é manipulado. adoram falar isso. mas assistem - é o desencanto do mundo.
as estrelas (de)cadentes imediatas do BBB precisam se apressar: o programa já acabou. daqui a pouco serão apenas uma impressão de brilho perdido. como um meteorito de plástico.