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Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. amanhã nunca se sabe: Abordagem diversificada na Folha Online

terça-feira, 29 de maio de 2007

Abordagem diversificada na Folha Online


(Tópicos relevantes da cobertura em mídia digital da Folha Online. A análise está em itálico, abaixo de cada tópico.)

Enquete: "Massacre na VirgíniaA Universidade Técnica da Virgínia foi cenário nesta segunda-feira do pior ataque a tiros da história dos Estados Unidos. Na sua opinião, o que deve ser feito para prevenir que atos de violência voltem a ocorrer dentro de universidades americanas?
- Criar grupos de apoio psicológico para estudantes
- Revistar bolsas e mochilas nas entradas dos prédios universitários
- Instalar detectores de metal em todos os prédios universitários
- Aumentar o policiamento e instalar câmeras dentro dos campi
- Restringir a venda de armas de fogo nos Estados Unidos"

A interatividade, possibilidade ímpar da mídia digital, foi bem aproveitada na cobertura da Folha Online dos ataques a Universidade da Virgínia. Foi realizada uma enquete que convidava o internauta a eleger qual seria uma solução possível para os recorrentes casos de violência em universidades americanas. As respostas possíveis são diversificadas e os resultados ficam disponíveis para acesso.

Seções:
Brasileiros
Cronologia dos ataques
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Opinião
Perfil do atirador
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Saiba mais sobre armas nos EUA
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Vítimas

As possibilidades de abordagem oferecidas pela mídia digital refletem-se na diversidade de abordagens que a Folha Online deu para o caso. Após a cobertura extritamente noticiosa, as primeiras chamadas que informavam o número de vítimas e a possível identidade do atirador, o site foi mais fundo. A relação de brasileiros com o ataque é um viés relevante, já que tem uma proximidade simbólica com os leitores do Folha Online. Foi aberto espaço para a opinião do público, em sua maioria indignado com o acontecimento. Criaram-se links para a cobertura de outros sites. Para discutir a questão de maneira profunda, a Folha deu um panorama sobre as armas nos EUA e sobre a própria Universidade de Virgínia.

Imagens e infográficos:
Galeria Foto 3 - Cho Seung-hui, o atirador da Virginia Tech, aponta a arma para sua cabeça. (Mais recente).
Galeria Foto 2 - Alunos reunidos no Memorial da Guerra da Virgínia Tech, nos Estados Unidos, fazem vigília por mortos e feridos no massacre.
Galeria Foto 1 - Feridos são socorridos em campus na Virgínia após homem armado matar dezenas de pessoas. (Mais antigo).

A cobertura fotojornalística começou quando a polícia encontrou os corpos dos estudantes. Nas primeiras fotos, o enfoque foi nas vítimas. Depois da grande repercussão do caso, a Folha Online continuou a publicar imagens sobre o caso. Os alunos da Universidade que choraram a morte dos colegas foi o segundo enfoque das imagens. Por fim, depois de descobertos todos os vídeos e fotos que o atirador mandou para a imprensa americana, todos os sites repercutiram esse fato. Além das fotos, foi essencial para a cobertura da Folha Online a publicação de um infográfico com um mapa da universidade e os horários dos ataques. A distância entre os prédios da universidade e o tempo que passou entre os tiros no dormitório e os do prédio de engenharia eram informações essenciais para entender o trabalho da polícia e o próprio preparo americano para enfrentar esse tipo de situação limite.

Tempo: "Segunda-feira (16 de abril) - Às 7h15 locais (8h15 de Brasília), a polícia recebe um telefonema de alguém que ouvira tiros num dormitório do campus do Instituto Politécnico da Virgínia (Virginia Tech). Ao chegar no local, a polícia encontra duas pessoas mortas. Duas horas depois, enquanto a polícia ainda investigava o primeiro ataque, um segundo tiroteio começa no prédio da escola de engenharia, no outro lado da universidade. Desta vez, ao chegar ao local, a polícia se depara com uma tragédia: 31 corpos, entre eles o do atirador, que desferiu um tiro contra seu próprio rosto, deixando-o desfigurado."

Como em 11m e 11s, o ataque ocorreu em um espaço de tempo no breve, algo em torno de três horas. Discutiu-se depois que o segundo lance de tiros, que matou muito mais alunos, poderia ter sido evitado. Para a cobertura jornalística, porém, o tempo que se passou desde a notícia do ataque até seu desfecho é considerado curto. Os jornais impressos não tinham condições de fornecer informações sobre o acontecimento. No caso da Folha, a versão Online antecipou a cobertura que a Folha impressa faria no dia seguinte. A mídia digital foi a maior fonte de informação nesse caso.

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