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Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. amanhã nunca se sabe

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Nunca se sabe o dia de amanhã. Comecei escrevendo sem pensar nesse nome simbólico deste diário moderno. Muito menos do que poderia eu, que me julgo despreocupado com as próximas horas, relatar sobre tal pensamento. Cada hipocrisia. Não se importar com a necessidade de realizar algo nos momentos mais pertos de nosso dedo é definhar.



Consumir-se. Necessariamente de maneira retrospectiva eu sou contra. Avanço minha cabeça, estranho não o ter feito antes de publicar uma matéria. Acho-me estranho a mim mesmo. Por isso que me lembro de uma experiência sonora expemplificadora do momento.



Disco Aqualung, da uma banda chamada Jethro Tull, lançado em 1971.





Ele não sabe como se tornou assim: esnobe de sua pobreza, feliz de sua miséria, contente em sua perversidade. Contraditório ao ser criado. Senti-me um pouco Aqualung quando pensei no que escrever sobre o dia do amanhã. Para a personagem, já que não existe Deus, forma bela de se arranjar o futuro, tudo pode acontecer. Mas, sem filosofias baratas, gosto do som e das letras que me fazem sentir tal como uma escultura inacabada: será conduzida à prosperidade com uma martelada majestosa do cinzel.

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